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[Notícia publicada em 26 de agosto de 2016] Recentemente, a Comissão de Cultura do IFPR foi estabelecida para organizar diretrizes institucionais sobre a área. Alguns campi já possuem projetos com essa temática, objetivando relacionar-se com a região e a comunidade em que estão inseridos.
Em Astorga, o projeto “Compartilharte” é, de acordo com a professora-coordenadora Rosa Amélia, uma troca de saberes entre alunos e comunidade. Eles realizam oficinas e produções coletivas, que são divulgadas à comunidade acadêmica através de murais. O primeiro foi sobre linguagens artísticas, explicando quais são as principais delas e exemplificando algumas das técnicas. O “Compartilharte” começou em 2015 e utiliza – entre outros itens – embalagens descartáveis, livros didáticos, tesouras, caixas, colas, pneus, tábuas, papel e lápis, além de som e os próprios corpos como, por exemplo, nas apresentações de teatro.
O Campus Irati tem um projeto, ainda no aguardo de aprovação, do Curso Técnico Subsequente em Agroecologia em uma comunidade tradicional do Faxinal dos Marcondes, em Prudentópolis/PR. Segundo o coordenador do curso de Agroecologia, João Luís Dremiski, o curso será direcionado especialmente para filhos de agricultores, principalmente daqueles que moram nas comunidades faxinalenses no entorno da escola. “O curso de Agroecologia prevê desde a conversão para produção de alimentos sem agrotóxicos, sem transgênicos e utilizando os recursos da biodiversidade dessa comunidade tradicional. Esta é também uma forma de contemplar a legislação e garantir o direito à educação do campo”, diz. O docente já coordena o Laboratório de Educação do Campo, que desenvolve conteúdos para que as escolas do campo trabalhem garantindo os princípios da educação do campo, bem como suas diretrizes curriculares.
No dia 19 de abril, Dia do Índio, o Colegiado do Curso de Licenciatura em Artes Visuais do Campus Palmas, coordenado pela professora Magda Vicini, realizou visita à Reserva Indígena Kaingang de Mangueirinha/PR. Na ocasião, acontecia a IV Semana Indígena, na qual elementos dessa cultura tradicional foram apresentados, como danças, comidas, plantas medicinais, formas de caça e sistemas de produção de objetos utilitários. De acordo com a docente, o Curso de Artes Visuais se mostrou presente, revelando a necessidade da inclusão das culturas indígenas brasileiras e paranaenses na constituição de conteúdos curriculares e do seu projeto político pedagógico. Da visita, os professores carregaram a necessidade de uma amplitude de relações, que podem perpassar as dimensões do ensino, pesquisa e extensão.
Desde 2013, professores do Campus Paranaguá desenvolvem atividades com diversas comunidades tradicionais do sul do país, como pescadores artesanais, caiçaras, faxinalenses, cipozeiras, quilombolas, guaranis, entre outros. A consolidação desses trabalhos agora é atestada pela criação do Núcleo de Defesa de Povos e Comunidades Tradicionais, dentro do Programa Institucional de Direitos Humanos do IFPR, coordenado pelos professores Roberto Martins de Souza e Sidney Reinaldo Silva. O objetivo da criação do núcleo é promover ações de extensão, inovação e pesquisa conjugadas ao ensino e relacionadas às demandas dos povos e comunidades tradicionais. A inciativa pretende, entre outros pontos, contribuir para a construção de uma cultura de valorização da diversidade por meio da promoção, defesa e ampliação dos direitos humanos de povos e comunidades tradicionais.
Através de inspirações como essas, a Comissão de Cultura continua o trabalho na busca de estabelecer diretrizes institucionais da área cultural para o IFPR e fortalecer ainda mais projetos inclusivos. Nos dias 28 e 29 de junho, aconteceu a oficina “Culturas Tradicionais do Paraná”, que contou com a presença de 35 pessoas de diversas regiões do estado. O evento, pensado especialmente para os membros da comissão, foi realizado por meio de parceria entre a Pró-Reitoria de Extensão, Pesquisa e Inovação (Proepi) e a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe). Veja como foi na matéria.
Com informações dos campi.
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