Associativismo e cooperativismo são soluções empreendedoras
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O segundo painel do I Seminário de Empreendedorismo e Inovação do IFPR teve como tema o Associativismo e o Cooperativismo. O tema foi abordado pelo engenheiro agrônomo e administrador de empresas Guntolf Van Kaick, do Sistema Ocepar. Segundo ele, o cooperativismo é mais desenvolvido no sul do país, mas também funciona com sucesso em outras regiões do Brasil. “Em todo o país já são mais de 7 mil cooperativas, e cerca de 10 milhões de cooperados”, disse.
Durante a palestra, Van Kaick explicou as particularidades jurídicas das cooperativas, comparando-as com as empresas.
“A cooperativa é uma sociedade de pessoas que se unem voluntariamente para satisfazer necessidades e aspirações comuns; a principal diferença diz respeito à divisão das riquezas; nas empresas, o lucro fica para os donos e acionistas, enquanto que no cooperativismo não existe lucro, mas sobras, que são dividas entre os cooperados”, disse.
No sistema cooperativista brasileiro, há 14 setores de atuação. “As cooperativas atuam em áreas como Saúde, Transporte, Lazer, Agricultura, entre outras e representam uma forma interessante se empreender”, disse o engenheiro e administrador.
Até o fim deste ano, segundo Van Kaick, as cooperativas paranaenses devem arrecadar R$ 27,5 bilhões. Em todo o Paraná, são 228 cooperativas e mais de 400 mil cooperados. Juntas, elas geram mais de um milhão de postos de trabalho.
O representante da Ocepar ainda lembrou que a Organização das Nações Unidas (ONU) deve declarar 2012 como o ano do cooperativismo.
Exemplo italiano
O economista e consultor do Sebrae, https://www.sebraepr.com.br/ Ricardo Dellamea, apresentou um vídeo sobre a reestruturação econômica de alguns distritos italianos, que investiram em pequenas e médias empresas após a Segunda Guerra Mundial. Isso explica os bons resultados em diversas áreas do setor produtivo, como a Cerâmica, Metalurgia, entre outras.
“O associativismo e o cooperativismo representam oportunidades de superação de dificuldades comuns; juntos, os pequenos se tornam grandes”, disse Dellamea.
“Outra questão importante é fazer dar certo o seu território, o lugar onde você nasceu e pretende continuar vivendo; as pessoas acabam continuando tradições e se esforçando para que iniciativas deem certo a longo prazo, o que acaba promovendo o desenvolvimento”, afirmou.
“O problema da pequena empresa não é ser pequena, mas atuar isoladamente”, concluiu.
Programação
Durante a tarde, haverá palestras e outras atividades sobre Patentes, Propriedade Intelectual e Inovação Tecnológica, além de Linhas de Financiamento e Crédito.
Confira a programação do I Seminário de Empreendedorismo e Inovação do IFPR na integra.