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Campi do IFPR recebem novos materiais de acessibilidade

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Os campi do IFPR começaram a receber, nesta semana, novos materiais destinados à acessibilidade e permanência de estudantes com algum tipo de necessidade educacional específica. Esses recursos de tecnologia assistiva são ofertados pela Pró-Reitoria de Ensino (Proens) e, de forma geral, têm como objetivo assegurar à pessoa com deficiência segurança e autonomia no processo de ensino-aprendizagem.

Nesta etapa, estão sendo entregues cadeiras de rodas motorizadas (para o deslocamento e autonomia de estudantes com necessidades motoras nos espaços internos ao IFPR), impressoras e teclados braille, fones de ouvido, teclados de baixa visão e lupas eletrônicas.

De acordo com a Pró-Reitoria de Ensino, o Instituto possui, nos seus diversos campi, 66 estudantes com algum tipo de necessidade educacional específica. A deficiência mais prevalente é a auditiva, com 22 alunos nessa condição, mas também há pessoas com deficiência motora, visual, intelectual ou múltipla.

Segundo o diretor de Assuntos Estudantis da Proens, Cleverson Pereira Leal, a disponibilização de tecnologias assistivas tem a função de garantir a esses estudantes uma aprendizagem de fato. “No último processo seletivo, o IFPR reservou 5% das suas vagas para estudantes com deficiência, então, após o ingresso, são realizados levantamentos e ações, estudados caso a caso, para que eles obtenham êxito e permanência. Os materiais de tecnologia assistiva contribuem nesse sentido”, explica.

“Isso tudo, entretanto, precisa ser planejado em consonância com as questões pedagógicas”, comenta Marilisi Fischer, pedagoga e coordenadora-geral do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napne) do IFPR. “Para um aluno cadeirante, a cadeira de rodas pode ser o instrumento necessário para atender às suas demandas imediatas no âmbito escolar, mas para um estudante autista, por exemplo, nenhum desses recursos é direcionado a ele, por isso pensamos as demandas de tecnologia assistiva aliadas ao pensar e ao fazer pedagógico”, afirma.

Cada campus do IFPR possui um representante do Napne, cujo objetivo é promover ações de sensibilização da comunidade escolar quanto à Educação Inclusiva, contribuir para a adequação dos projetos político-pedagógicos e dos planos de curso, entre outras ações. “Nesse aspecto, trabalhamos em várias frentes, seja em levantamentos com as demandas específicas de cada unidade, compras de materiais, formação dos profissionais que trabalham diretamente com os estudantes, entre outras situações”, conta Marilisi.

Um exemplo de como os recursos de tecnologia assistiva podem contribuir para o desenvolvimento educacional do estudante com deficiência já pode ser conferido, por exemplo, no Campus Jaguariaíva. Nesta segunda (04), a diretora-geral da unidade, professora Aline Renée dos Santos, retirou uma das cadeiras de rodas motorizadas adquiridas pelo IFPR. O objeto será destinado a um estudante do segundo ano do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio. “Ele é um menino muito participativo, sempre vai às saídas de campo, pratica esportes, enfim, é muito ativo, e com essa cadeira ele terá mais autonomia para se deslocar sozinho no interior do campus, que é muito grande: isso lhe dará uma mobilidade incrível, porque não precisará dos colegas para empurrá-lo”, explica.

Atualmente, o IFPR conta com 17 tradutores intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras), que atendem aos estudantes surdos em seus respectivos campi. Além disso, também estão em andamento novos estudos, desenvolvidos pelas pró-reitorias e pelas unidades, para a contratação de mais profissionais da área.

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