Campus Foz do Iguaçu inicia integração com Paraguai
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Em reunião ontem, dia 25, o campus Foz do Iguaçu do Instituto Federal do Paraná firmou parceria com o Paraguai. Inicialmente o acordo prevê aulas de Espanhol para 40 estudantes matriculados no Curso Técnico em Aqüicultura – na modalidade subseqüente. As aulas são parte de um plano estratégico de integração entre os países vizinhos, e será executada com apoio do Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), onde provisoriamente acontecem as aulas.
De acordo com o Diretor Geral do Campus Foz do Iguaçu, professor Irineu Mário Colombo, a instituição já havia diagnosticado a necessidade de incluir a Língua Espanhola na grade curricular do curso, no entanto, o professor destaca que a originalidade da idéia é aliar o estudo da língua – ministrada por professores paraguaios – com o contexto da região. “Será um processo de integração natural entre o conhecimento geral, a língua estrangeira, e conhecimento específico, tecnologia de aqüicultura”, informa o diretor.
Colombo destaca que o projeto é possibilitado graças ao apoio do Parque Tecnológico, através do gerente do Programa PTI Educação, Sandro Martinez Porro. O lado Paraguaio da Itaipu Binacional também desempenha um importante papel para o aprofundamento da integração entre Brasil e Paraguai. O Secretário Executivo e Coordenador do Centro de Cuidados e Saberes Sócio-Ambientais da Bacia do Prata, Iván Avelar Flores, se prontificou em contribuir com o que for necessário e fez contato com professor de ecologia e piscicultura, Nestor Galeano.
Galeano será responsável por ministrar algumas aulas expondo sobre temas da piscicultura e qualidade das águas ao mesmo tempo em que ensina a língua espanhola. Os nomes de peixes, processos e equipamentos também serão trabalhados em espanhol. “Língua, cultura e técnica sendo ministradas simultaneamente”, explica Colombo.
Iván Avelar Flores, do lado Paraguaio da Itaipu, afirma que as aulas serão uma boa oportunidade para aproximar os alunos da língua Guarani – segunda língua oficial no Paraguai. “Muitos nomes de peixes e rios no Brasil são derivados do Guarani, existe uma cultura desconhecida, por exemplo, de que a água sempre foi algo sagrado, utilizada para limpar o corpo e o espírito”, conta.