Estudantes de cursos Proeja entregam carta ao reitor
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Na quinta-feira (15), uma comissão formada por dois estudantes e dois professores ligados aos cursos Proeja do Campus Colombo e do Campus Paranaguá esteve reunida com o Pró-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, professor Paulo Yamamoto. O encontro teve como objetivo a entrega de uma carta direcionada ao reitor do IFPR, contendo as demandas da comunidade acadêmica ligada aos cursos Proeja da instituição. O documento foi produzido por um coletivo de estudantes e professores que participaram do I Fórum Proeja, realizado no dia 6 de dezembro, em Paranaguá.
A reunião em que se deu a entrega do documento foi realizada na Reitoria do IFPR. O professor Paulo Yamamoto recebeu os estudantes como substituto do Reitor Pro Tempore do IFPR, professor Odacir Antônio Zanatta. Participaram da reunião os estudantes José Vanderlei Celestino da Silva e Flor Alberti, representando todos os estudantes de cursos Proeja do IFPR; a professora Luciana Maestro Borges, do Campus Paranaguá, e o professor Alisson Artuso, do Campus Colombo. A Coordenadora do Proeja e Cursos FIC no IFPR, Rosane de Fátima Batista Teixeira, também esteve presente.
O estudante José Vanderlei, ligado ao primeiro ano do Curso Técnico em Agroindústria do Campus Colombo, destacou a importância do curso para os estudantes atendidos e pediu mais investimentos. “O curso é proveitoso, abriu nossa mente para muitas coisas que a gente não via. Precisamos de investimentos, especialmente na infraestrutura do campus”, afirmou. A colega de José Vanderlei, Flor Alberti, também enalteceu a importância do curso para a população de Colombo. “O curso técnico caiu como uma luva para a região, pois muitas pessoas atuam com a produção agroindustrial na cidade”, afirma.
Durante a reunião, o professor Alisson Artuso, ligado ao Curso Técnico em Agroindústria, realizou a leitura da carta. “O Proeja que desejamos no IFPR não pode mais ser tratado como tarefa marginal, mas, de fato, um direito à educação historicamente negado à parcela significativa da população do Paraná e do País, seja no campo ou na cidade. Diante disso, é necessário que o Proeja seja incluído efetivamente como modalidade de ensino do IFPR, atendendo à legislação e às políticas públicas de promoção da Educação de Jovens e Adultos no país”, afirma o documento.
A carta elenca ainda demandas como a melhoria da infraestrutura para atendimento dos estudantes dos cursos Proeja, como a instalação de, cantina, refeitórios e vestiários; a instalação de laboratórios para atendimento dos cursos; aprimoramento do programa de bolsas; ações junto aos municípios para garantir transporte coletivo público e segurança nos arredores dos campi e o fortalecimento da integração com as redes estadual e municipal de ensino, que também oferecem a modalidade. Outra solicitação apresentada na carta é a implantação de um Programa Institucional do Proeja, para valorização e fortalecimento dessas ações na instituição.
“Temos missões no IFPR, sendo uma delas incluir e atender os menos favorecidos. E uma de nossas metas é atender ao Proeja. Esse é um norte que temos e precisamos começar a implantar”, afirmou o professor Paulo Yamamoto.
A professora Luciana Maestro Borges, do Campus Paranaguá, defendeu que a instituição desenvolva abordagens específicas para o atendimento dos estudantes ligados aos cursos Proeja. “A instituição precisa desenvolver novas estratégias para alcançar e atender esse estudante. Precisamos eliminar entraves, como editais com prazos muito curtos ou com grandes exigências por documentação, que excluem o estudante. Cerca de 90% dos alunos dos cursos Proeja têm o perfil para o recebimento de bolsas e auxílios oferecidos pelo IFPR. Um processo de seleção mais ágil e específico para este público seria o ideal”, afirma a professora.
Atualmente, o IFPR oferece cursos na modalidade de Educação de Jovens e Adultos nos campi de Colombo, Paranaguá e União da Vitória. Em 2016, foram ofertados os cursos Técnico em Operador de Computador, em União da Vitória; Técnico em Agroindústria, em Colombo; e de Formação Inicial e Continuada (FIC) em Agente de Economia Popular e Solidária; Elétrica Residencial; Agroecologia Urbana; Defensoras Públicas e Inclusão Digital, todos em Paranaguá.
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