Exposição “Museu da Empatia” aborda o tema da migração sob o olhar do migrante

Quando falamos em “museu”, logo vem à nossa mente exposições relacionadas ao passado ou exibição de coleções materiais. Mas com o “Museu da Empatia” é diferente. Nele, são expostas ao público trajetórias de vidas, diferentes histórias de quem um dia migrou. O projeto já rodou o mundo e chegou ao Instituto Federal do Paraná (IFPR) – Campus Foz do Iguaçu, por meio da disciplina de Geografia II, ministrada pelo professor Luiz Henrique Pastore de Oliveira.

Os alunos dos terceiros anos dos Técnicos em Edificações e em Meio Ambiente organizaram essa versão do Museu da Empatia no Campus. Eles preparam jogos, vídeos, áudios, álbum de fotografias e outras mídias com as histórias de migrantes de diversos lugares. A ideia foi abordar o tema da migração e, ao mesmo tempo, convidar os visitantes a se colocar no lugar do outro.

Segundo o professor e coordenador da atividade, Luiz Henrique Pastore, na Antropologia e na Geografia, é comum entre os estudiosos trabalharem com o método da entrevista para compreender os processos migratórios a partir da perspectiva do migrante. Assim sendo, os alunos foram estimulados a entrevistarem algum familiar ou conhecido que tenha migrado. O resultado foi uma exposição que compilou desde histórias de quem migrou internamente (do campo para a cidade; do Sul para o Centro-Oeste ou Norte, por exemplo), até quem veio de outro país para o Brasil ou mesmo quem vivenciou uma experiência lá fora.

“A mostra artística e lúdica buscou humanizar os fluxos migratórios e abordou os vários aspectos envolvidos, inclusive violências sofridas pelos migrantes. Fiquei muito feliz com o que os alunos apresentaram e com a reação de empatia do público visitante”, ressaltou Luiz Henrique.