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O Campus Foz do Iguaçu sediou, entre os dias 27 e 28 de setembro, a fase presencial da 9ª Olimpíada Brasileira de Agropecuária (OBAP). O evento, em sua primeira edição internacional, reuniu cerca de 350 estudantes e professores vinculados a cursos técnicos em agropecuária ou em áreas afins de todas as regiões do Brasil e de seis países da América do Sul e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Idealizada pelo Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS), a Obap é realizada anualmente em três etapas, sendo uma virtual e outras duas presenciais. A competição tem como objetivo estimular o ingresso dos jovens nas carreiras técnico-científicas e, este ano, contou com a parceria do Instituto Federal do Paraná (IFPR).“Receber essa Olimpíada é um marco extremamente importante para nós, já que é uma grande oportunidade para dar visibilidade aos nossos cursos/projetos e nos aproximar do setor produtivo nacional e internacional, que estará presente conferindo o que os Institutos Federais têm de melhor”, ressaltou o reitor do IFPR, Odacir Zanatta.
Na noite de sexta (27), foram aplicados testes teóricos e, no sábado (28), ocorreram as provas práticas por equipe, envolvendo atividades de inseminação artificial, adubação e agrimensura. A cerimônia de encerramento foi no sábado (28) à noite, quando houve a premiação e entrega de medalhas e troféus às equipes campeãs.
“Foi uma edição muito especial, não somente pela participação internacional, mas sobretudo pela parceria e pela afetividade concedidos por toda a equipe técnica do IFPR. O IFSULDEMINAS ficará sempre a disposição para outras parcerias e ações”, destacou o reitor do IFSULDEMINAS, Marcelo Bregagnoli.
Enquanto alunos participavam de provas práticas, a 9ª edição da Olimpíada Brasileira de Agropecuária (OBAP), gestores brasileiros e estrangeiros participaram da reunião “Perspectivas para a cooperação entre as instituições de educação agrícola na América Latina e países de Língua Portuguesa”.
A reunião foi presidida pelo presidente do Conselho Nacional das Instituições Federais (Conif), Jerônimo Rodrigues da Silva, e contou com a participação do reitor do IFPR e representantes de instituições de educação científica e tecnológica de diversos países, como Argentina, Uruguai, Colômbia e Angola. A ideia foi apresentar as linhas de ação de cada um, eixos estratégicos e potencialidades de cooperação internacional.
“Esse momento é muito importante para que possamos conhecer o que os países da América Latina e alguns da África têm a respeito da educação profissional. A partir das apresentações vamos definir um cronograma de assinatura de compromissos e cooperações entre os países e estabelecer ações de mobilidade acadêmica, formação de professores, e outras. Acredito que a partir de agora toda edição da OBAP contará com um momento como este na programação”, destacou o presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal (Conif), Jerônimo Rodirgues da Silva.
O Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação foi o tema da palestra ocorrida na manhã do sábado (28). A atividade foi idealizada pelo IFPR e integrou a programação da OBAP. A ministrante foi a procuradora-chefe da Procuradoria Federal junto ao Instituto Federal do Ceará (IFCE), Diana Guimarães Azin.
A procuradora contextualizou a política de incentivo à inovação no Brasil, abordando a legislação para o setor e os fatores que limitaram o crescimento científico-tecnológico do país ao longo dos anos os quais culminaram na necessidade de se aprovar um Marco Regulatório voltado a desburocratizar a relação entre as Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT’s) e a iniciativa privada.
Entre outras coisas, ela lembrou que os procuradores das instituições de ensino federais atuam de forma a garantir a segurança jurídica dos pedidos de patentes e propriedade intelectual envolvendo essas instituições. Citando exemplos de projetos e experiências bem sucedidos na área de inovação ocorridos no âmbito do IFCE, a procuradora discorreu sobre os desafios e vantagens de se estruturar um ambiente especializado e cooperativo de inovação nos Campi.
“O Marco Legal traz diretrizes que ajudam a viabilizar a integração entre a academia e o setor produtivo, mas ainda é algo novo. É preciso que haja mais eventos como este para esclarecer as dúvidas frequentes”, enfatizou a procuradora-chefe.
Segundo o reitor do IFPR, Odacir Zanatta, é muito importante abordar as novas possibilidades de parcerias para pesquisa, desenvolvimento e inovação.
“Em um momento em que o país atravessa uma séria crise econômica, com recursos cada vez mais escassos para a educação, torna-se necessária a busca de parcerias com outras instituições públicas e iniciativa privada”, ressalta o reitor.
Ao final, professores e gestores presentes apresentaram suas dúvidas e dialogaram sobre a temática, levando em consideração suas realidades. Entre os assuntos que suscitaram dúvidas estavam o papel desempenhado pelas Organizações Sociais (OS), atuação dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT’s), criação de Escritórios de Inovação nos campi, entre outros.
Além do próprio reitor e dos participantes da Olimpíada, o evento contou, ainda, com a participação dos diretores-gerais dos campi do IFPR de Foz do Iguaçu, Alcione Benacchio, e de Cascavel, Luiz Carlos Eckstein, e da Procuradora do IFPR, Carliane Carlos.
A Olimpíada recebeu 645 equipes inscritas, com quase dois mil alunos. A fase virtual ocorreu de 06 a 08 de agosto e selecionou 30 equipes do Ensino Integrado e 10 do Ensino Subsequente para a fase presencial e final, que ocorreu no Campus Foz do Iguaçu do IFPR. As 23 equipes estrangeiras inscritas foram automaticamente classificadas para a etapa final da competição. Clique aqui e confira os ganhadores.
Com informações e texto do Campus Foz do Iguaçu