IFPR enviará à Capes propostas de criação de quatro cursos de mestrado
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O IFPR está finalizando quatro propostas de criação de cursos de mestrado, que devem ser enviadas, nos próximos dias, para a apreciação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação (MEC). As propostas já receberam pareceres favoráveis do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) e também já foram aprovadas pelo Conselho Superior do IFPR.
Os cursos estão sendo pleiteados pelos campi de Londrina (Mestrado Profissional em Biotecnologia em Saúde), Paranaguá (Mestrado Acadêmico Interdisciplinar em Ciência, Tecnologia e Sociedade), Paranavaí (Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Alimentos) e Umuarama (Mestrado Acadêmico em Sustentabilidade), este último em parceria com a Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Neste ano, o prazo para a apresentação de propostas de mestrado junto à Capes começa na próxima segunda-feira (11) e segue até o dia 10 de maio de 2016, período em que devem ser submetidos projetos de criação de novos cursos de diversas instituições de todo o país.
As propostas do IFPR estão praticamente prontas, explica a diretora de Ensino Superior e Pós-Graduação da Pró-Reitoria de Ensino (Proens), Mirele Jacomel: “Estamos finalizando a revisão delas aqui na Reitoria e, nos próximos dias, devemos encaminhá-las aos campi, que, então, irão protocolá-las junto à Capes, já com todos os documentos e informações necessárias”. Ela explica que as equipes das pró-reitorias e dos campi que participaram do planejamento e do desenvolvimento dos projetos estão otimistas. “As quatro propostas estão muito bem estruturadas, os campi têm estrutura adequada e corpo docente qualificado para implantar os respectivos programas”, ressalta.
A Capes não tem um prazo determinado para a divulgação do resultado das análises, mas a expectativa é de que seja publicado ainda em 2016, o que possibilitaria a implantação dos cursos já no próximo ano. “Com a aprovação da Capes, os programas já podem entrar em funcionamento”, explica a Coordenadora de Pós-Graduação do Instituto, Michele Rosset. Segundo Michele, a criação dos mestrados fortalecerá a política de verticalização do ensino, que consiste na oferta de cursos da Educação Básica à Pós-Graduação, e também fomentará a pesquisa no IFPR.
Em Paranaguá, por exemplo, a comunidade acadêmica está ansiosa pela aprovação por parte da Capes, uma vez que, na região litorânea, existe apenas um curso de mestrado. “Esta também é uma oportunidade de o quadro de docentes do campus estabelecer raízes sólidas de pesquisa no IFPR, haja vista o grande número de professores com a titulação de doutor e com grande produção científica”, conta o professor Mateus das Neves Gomes. “Por parte dos alunos, em específico dos cursos de especialização, também existe uma expectativa muito grande, uma vez que esta pode representar a oportunidade de eles qualificarem-se”, afirma. Do grupo inicial de professores (16), todos possuem doutorado e produção cientifica e, além disso, todas as áreas do campus estão representadas na proposta.
Já para o Campus Paranavaí, a avaliação é a de que o mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos atenderá a uma necessidade da região, que tem na agroindústria o principal setor econômico. “O público-alvo seria composto por trabalhadores das diversas indústrias, os quais poderiam se qualificar profissionalmente e, ao mesmo tempo, contribuir para o desenvolvimento tecnológico da empresa onde trabalham, podendo ter como objeto de estudo no mestrado a resolução de problemas industriais, desenvolvimento de novas formulações, entre outras atividades”, explica o professor Carlos Eduardo Barão. “Há, ainda, as demandas relativas às necessidades das indústrias, que frequentemente procuram o setor acadêmico para a solução de algum problema presente no setor produtivo”, afirma.
Articulação com os campi
A discussão acerca da política de implantação de cursos strictu sensu no IFPR ganhou corpo em 2014 com a instituição da Resolução nº 10, de 13 de maio de 2014, que fixa normas e procedimentos para o funcionamento de programas de pós-graduação stricto sensu. A partir dela, a discussão foi se ampliando, até que, em 2015, a Proens e a Pró-Reitoria de Extensão, Pesquisa e Inovação (Proepi) lançaram uma chamada interna para que os campi propusessem possíveis cursos de mestrado.
Paranaguá, Londrina e Paranavaí enviaram propostas que foram orientadas pelas pró-reitorias com base nos parâmetros exigidos pela Capes e, posteriormente, aprovadas pelo Consepe e Consup. “A colaboração da Proens na qualificação das propostas e, posteriormente, o acompanhamento das mesmas nas etapas de revisão foi importante para legitimar um projeto que visa à consolidação da Pós-Graduação no IFPR”, explica Mirele. “Além disso, dessas discussões também surgiram outras ideias para a criação de cursos de especialização lato sensu“, complementa.
Concomitantemente à chamada interna, Umuarama apresentou a proposta de um mestrado conjunto com a UEM e o enviou à Reitoria. “Apesar de seguir um caminho um pouco diferente, este campus também pôde desenvolver uma boa proposta na modalidade ‘associado’, que inicialmente não estava prevista na chamada interna”, explica a diretora.
Entre os aspectos e documentos avaliados pela Capes para a aprovação de um curso de mestrado, estão diversos itens, como, por exemplo, a existência de regimento ou regulamento de curso; estatuto e regimento atualizado da instituição proponente; comprovante da aprovação do curso pelo colegiado competente; endereços dos currículos lattes atualizados de todos os docentes da proposta, entre outros.
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