II Semana da Inclusão acontece em Paranaguá e reforça aspectos inclusivos do IFPR – Instituto Federal do Paraná

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II Semana da Inclusão acontece em Paranaguá e reforça aspectos inclusivos do IFPR

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Nos dias 06, 07 e 08 de julho, acontece, no Câmpus Paranaguá, a II Semana da Inclusão, com o tema “(Con)vivendo com desafios e possibilidades”. O evento é vinculado ao Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napne) do IFPR, em parceria com diversas instituições de Paranaguá, e objetiva apresentar questões pertinentes ao processo de inclusão, desde o aspecto legal até temas relevantes à educação especial, com suas possibilidades de atuação e intervenção.

A inclusão no IFPR

“Não se olha a deficiência no sujeito; a deficiência é da instituição. A instituição é que tem que dar conta para que o aluno ou servidor cego consiga acessar o e-mail no computador, utilizando a tecnologia assistiva Dosvox, por exemplo. Superando essa questão, ele fica igual aos demais. Eu, colocando meus óculos, fico igual a quem não usa óculos. Não é a deficiência em si; a deficiência é em relação a um contexto”, declara Marilisi Fischer, Coordenadora do Napne, pertencente à Diretoria de Assuntos Estudantis e Atividades Especiais (Daes), da Pró-Reitoria de Ensino (Proens).

Como forma de promover essa maior igualdade, a coordenadora expõe que um diagnóstico da realidade está sendo realizado com os câmpus com a finalidade de realizar e orientar ações visando à garantia da acessibilidade para os alunos do Instituto. “As informações coletadas e disponibilizadas serão de grande relevância para a ampliação e efetivação da educação inclusiva na instituição”, afirma Fischer.

“O Napne possui diversos desafios, pois envolve uma complexidade de tipos de necessidades, como a pessoa surda, a pessoa cega, o superdotado, a questão de particularidade na cognição, e assim por diante”, pontua o Pró-Reitor de Ensino do IFPR, Professor Ezequiel Westphal. “Um ponto bem importante é que cada vez mais essas atividades se consolidem dentro do projeto político-pedagógico dos câmpus, não apenas quando aparecem situações pontuais de necessidade de atenção aos estudantes, mas como um processo constante de acompanhamento, de inclusão e de valorização”, conclui Westphal.

A acessibilidade em cinco aspectos

A acessibilidade deve ser pensada nos seguintes aspectos: arquitetônico, comunicacional, instrumental, metodológico e atitudinal.

O primeiro quesito é atendido em quase todos os câmpus do Instituto. Segundo a Pró-Reitoria de Administração (Proad), os projetos novos, posteriores a 2010, são contemplados pela norma de acessibilidade em edificações e boas práticas de projeto. Já os câmpus que funcionam em edificações anteriores a essa data foram adaptados para a norma de acessibilidade, na medida do possível. “Algumas demandas ainda existem e se encontram em fase de estudo. No entanto, em conjunto com o Napne, nosso objetivo é garantir acessibilidade universal a todos os câmpus do IFPR”, ressalta Fernando Henrique Neves, arquiteto e urbanista da Proad. Recentemente, o encontro de bibliotecários do IFPR discutiu a acessibilidade nessas unidades. Confira como foi no site.

O Comunicacional engloba a presença de 16 intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) em câmpus do IFPR. Além disso, diversas unidades, como o Câmpus Curitiba, que possui uma equipe robusta no Napne, e recentemente a Reitoria (veja aqui), disponibilizaram cursos de formação em Libras, visando promover a acessibilidade na comunicação entre a comunidade surda e a comunidade ouvinte.

O uso de materiais com tecnologias assistivas já é uma realidade no IFPR, como o Dosvox, que é utilizado pelo Câmpus Campo Largo para seus alunos cegos. Além disso, a Daes adquiriu recentemente um determinado número de scanners de voz e impressoras especiais em braile. Existe a previsão de lançamento de editais para que os câmpus interessados possam se inscrever e se candidatar a receber esses materiais.

O penúltimo aspecto abrange dois pontos: o ingresso e a permanência do estudante com necessidades educacionais específicas no IFPR. Primeiro, com a discussão sobre a reserva de uma porcentagem de vagas no processo seletivo realizado anualmente pela instituição, proposta analisada desde o início do ano. Depois, com formações continuadas e eventos nas unidades – como o seminário ocorrido no Câmpus Irati em maio deste ano – e discussões sobre adaptações curriculares de acordo com as especificidades existentes, garantindo a continuidade dos estudos desses alunos.

Por fim, o atitudinal “é extremamente importante, pois envolve perceber o outro sem preconceitos ou estereótipos”, declara Marilisi. Diversos programas e ações são executados pelos câmpus do IFPR nesse sentido. Um deles aconteceu no Câmpus Campo Largo, que realizou com servidores e estudantes, no início do ano letivo de 2015, a atividade “Selfies para Inclusão”. As organizadoras divulgaram esse tema de forma interativa, lúdica e reflexiva, por meio da realização de fotos próprias, conhecidas como “selfies”, para transmitir mensagens. O objetivo foi despertar “um novo olhar” para os estudantes ingressos e futuros que compõem a esfera até então excluída da comunidade escolar. Na oportunidade, as servidoras lembraram os ensinamentos de Paulo Freire: “a inclusão acontece quando se aprende com as diferenças e não com as igualdades”. Veja como foi.

O Câmpus Jaguariaíva realizou, em 16 de março, a 1ª Roda de Conversa: Acessibilidade e Educação. O evento contou com a presença e participação de membros da Associação Gente Valente, de Jaguariaíva, do Napne da Reitoria, de alunos e docentes do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio do câmpus, bem como de pais de alunos e membros da comunidade local.

Mas as atividades extrapolam o ambiente escolar. Em abril deste ano, o Câmpus Jacarezinho desenvolveu um curso básico de Libras em parceria com a Polícia Civil da cidade. O curso, ministrado por um tradutor intérprete de Língua de Sinais do IFPR, capacitou cerca de 20 policiais civis no aprendizado das Libras, visando uma melhor comunicação entre os agentes e a comunidade surda.

Os casos abordados na matéria são apenas exemplos dentro de uma grande quantidade de projetos realizados nos câmpus e na Reitoria do IFPR. Acompanhe nosso site ifpr.edu.br e fique por dentro de tudo que é realizado por aqui!

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