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O secretário-chefe de Gabinete do governador e ex-reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Carlos Moreira, se reuniu nesta sexta-feira (17), em Curitiba, com o reitor do Instituto Federal do Paraná (IFPR) — atinga Escola Técnica da UFPR — Alípio Leal. Eles trataram da instalação de cinco novas unidades de educação profissional no Estado. Até 2010, o IFPR pretende oferecer 40 mil vagas em seus treze campi.
“É fundamental que o Estado alcance sua meta de 200 mil alunos em escolas técnicas até 2010. Hoje, são 75 mil estudantes em diversos colégios técnicos, agrícolas ou urbanos. A qualificação de mais profissionais faz com que haja abertura do mercado e melhoria da economia no Estado”, disse Moreira.
As unidades devem ser construídas em Irati, Pitanga ou Ivaiporã, Cascavel, Assis Chateaubriand e Santa Helena. “São escolas menores, que vão oferecer educação profissional em parceria com as entidades que já têm algo neste sentido. Vamos trabalhar para preencher vazios no Estado onde não há instituição com ensino tecnológico ou profissional”, explicou Leal.
O IFPR tem três unidades em funcionamento em Curitiba, Paranaguá e Foz do Iguaçu. Segundo Alípio, em agosto, o campis de Londrina será inaugurado. “Dessa forma, até o fim de 2009 teremos 31 mil alunos”, disse o reitor. Estão em processo de construção as unidades de Paranavaí, Umuarama, Telêmaco Borba e Jacarezinho, que começam a funcionar em março de 2010.
Os cursos são oferecidos a partir das demandas dos arranjos produtivos locais de cada região, e podem ser feitos à distância. “Todo projeto pedagógico é desenvolvido em função da necessidade de cada local, para fomentar e reforçar o desenvolvimento, de acordo com a vocação de cada região do Estado”, afirmou Leal.
Um dos focos do instituto é a qualificação de professores de Matemática, Química, Física e Biologia, conforme Alípio. “Estima-se que, no Brasil, faltem 255 mil professores nessas áreas. Com o formato dos antigos institutos, levaríamos 87 anos para suprir essa demanda”, afirmou.
Os cursos também são importantes para atender a demanda por mão de obra qualificada. Segundo Leal, o Ministério da Indústria e Comércio e da Educação estimam que, em todo o País, faltam seis milhões de técnicos. “Há vagas, mas falta mão de obra qualificada. No Paraná, os setores que mais sentem essa dificuldade são a indústria, o comércio e a agricultura.”
“Hoje, trazemos técnicos de outros países. O Paraná apresentou grande desenvolvimento da indústria, principalmente nos últimos seis anos, e a falta de mão de obra qualificada acarreta problemas”, disse o reitor. “No governo anterior, abandonou-se o ensino técnico, inclusive com o fechamento de cursos e escolas. Esta é uma oportunidade para a expansão da educação profissional paranaense”, lembrou.
A primeira turma de Gestão Pública, voltada para servidores públicos municipais, se forma nesta quinta-feira (23). São aproximadamente 2.300 formandos, que buscaram nos cursos uma forma de profissionalização. “A criação do Instituto também veio para ampliar a participação com as prefeituras”, falou Moreira.
Fonte: Agência Estadual de Notícias