Professores do IFPR participam de desafio internacional sobre Inovação em Negócios e Biodiversidade e criam um Projeto Tecnológico que busca despertar novos talentos.
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Com o objetivo de buscar ideias de negócios inovadores que promovam impacto positivo na conservação da biodiversidade brasileira, foi proposto, pela Fundação Grupo Boticário, o desafio “Biodiversity Conservation and Business – is that possible? Let’s find out together !” (Conservação da biodiversidade e negócios, isso é possível? Vamos descobrir juntos!)
O desafio foi lançado pela Innonative, uma plataforma aberta de inovação, que busca soluções sustentáveis em todo o mundo por meio de metodologias de Crowd Sourcing, Crowd Voting e Crowd Funding.
Compartilhando destes ideais e acreditando na associação de tecnologias nas áreas de Informática e de Meio Ambiente, os professores Leandro Pereira e Hugo Perlin criaram o Projeto Artibeus. O projeto tem como foco desenvolver soluções tecnológicas juntamente com a criação de uma Startup. O objetivo do Artibeus é desenvolver e trabalhar um conjunto de metodologias relacionadas ao armazenamento, transmissão e processamento de informações ambientais, as quais auxiliem a gestão ambiental e a conservação da natureza.
Como proposta inicial foi pensada a implantação de Tags Inteligentes juntamente com Torres Autônomas e um Sistema Remoto de Monitoramento. Os Tags Inteligentes preveem a melhora da metodologia de captura, marcação e recaptura, utilizando a tecnologia de RFID (Radio Frequency Identification). Esta ferramenta poderia, por exemplo, substituir as anilhas, em aves, ou transponders, em mamíferos, por simples e leves adesivos (Tags). Estes devem identificar, rastrear e gerenciar os animais marcados individualmente, sem contato e sem a necessidade de um campo visual.
Associados aos Tags Inteligentes estão as Torres Autônomas, segundo produto previsto no Projeto Artibeus. Funcionando por meio de energia solar e antenas de radio frequência, ou leitores eletrônicos, as Torres Autônomas podem ser posicionadas em pontos estratégicos de áreas de conservação. Podem ser instaladas facialmente em áreas remotas ou de difícil acesso. As Torres Autônomas trabalham emitindo frequências de rádio e se comunicam com os Tags Inteligentes, coletando os dados daquelas que estão no seu raio de abrangência, armazenado as informações sobre os indivíduos marcados, alimentando um sistema de informação.
Combinando a grade com as Torres Autônomas, a análise das informações poderá ser feita em tempo real, já que as torres poderão conectar-se entre si formando uma rede de comunicação. A esta rede também estaria conectado uma central de informação (servidor). Desta forma, assim que uma torre receber a informação de um Tag, por exemplo, esta poderá chegar à central em segundos.
Todos estes produtos foram pensados para desenvolver estratégias e conceitos de negócio com potencial de gerar impacto positivo para a conservação da biodiversidade. Em outras palavras, os professores esperam que o Projeto Artibeus se transforme em uma ideia que beneficie tanto a biologia da conservação, como tenha sustentabilidade financeira.
Os professores também apostam que ao longo do processo de criação, outros produtos tecnológicos possam ser desenvolvidos. Ara isso, o Projeto Artibeus deve mesclar “jovens talentos, orientados por profissionais experientes por meio de uma base conceitual sólida da área da informática e das ciências biológicas”.
Segundo os professores, o maior desafio do Projeto Artibeus não foi tentar conquistar o prêmio em si, mas fazer com que este trabalho desperte jovens cheios de energia a vontade de trabalhar com novas tecnologias, construindo um futuro melhor sob o ponto de vista da conservação da natureza, associado ao desenvolvimento de negócios consistentes.
Para conhecer mais detalhes sobre as ideias desenvolvidas basta entrar nos sites: https://www.innonatives.com/idea/projeto-artibeus-tecnologias-de-monitoramento-remoto-1/view e https://www.innonatives.com/solution/projeto-artibeus/view