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O IFPR recebe, nesta terça-feira (26), a pesquisadora ucraniana Nataliya Mykolaivna Sas, que irá atuar no Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (Profept), no Campus Curitiba, pelo período de dois anos.
A vinda da cientista, que, na Ucrânia, atua na Universidade Pedagógica Nacional de Poltava, está sendo viabilizada por meio do Programa de Acolhida a Cientistas Ucranianas, da Fundação Araucária, ao qual o IFPR aderiu.
Além de Natália Sas, já desembarcaram no Paraná outras três pesquisadoras, que desenvolverão suas pesquisas em outras instituições científicas e tecnológicas e de inovação (ICTs) paranaenses.
No total, na chamada pública 09/2022 (edital de fluxo contínuo), são previstas 50 vagas para cientistas ucranianas atuarem no Paraná.
Para os próximos meses, já está confirmada a vinda ao Paraná de mais 13 cientistas, das quais oito virão acompanhadas de familiares (dependentes abaixo de 18 anos e/ou ascendente acima de 60 anos).
De acordo com representantes da Fundação, esta ação de apoio humanitário emergencial foi concebida, em um primeiro momento, para acolher mulheres cientistas ucranianas, tendo em vista que os homens não podem sair do país devido à guerra. Entretanto, mesmo com essa restrição, cientistas homens também começaram a se inscrever e, caso consigam autorização para saírem da Ucrânia, também poderão ser incluídos no Programa.
Por meio do Programa de Acolhida a Cientistas Ucranianas, as cientistas podem receber dois tipos de bolsa, de acordo com o tempo de experiência profissional.
A bolsa categoria Pesquisador Visitante Especial 1 (PVE1) é destinada a pesquisadoras com mais de cinco anos de atuação como docente universitária e com respectivo grau de produtividade acadêmica. A duração é de até 24 meses e o valor mensal é de R$ 10 mil. Já a PVE2 é voltada a pesquisadoras com menos de cinco anos de experiência, tem mesmo período de duração e valor mensal de R$ 5,5 mil.
As cientistas acolhidas recebem auxílio complementar de R$ 1 mil por dependente abaixo de 18 anos e/ou ascendente acima de 60 anos, com o limite de até três complementos por cientista.
As passagens aéreas de vinda são pagas pela Fundação Araucária e as de volta, ao final do Programa, serão custeadas pelas instituições anfitriãs.
Além disso, as ICTs participantes assumem o compromisso de disponibilizar um coordenador do trabalho dos cientistas, além de dar todo amparo e acolhida às pesquisadoras.
No Profept Nataliya Sas irá se integrar ao projeto “Preparação para a formação de suscetibilidade individual e grupal ao novo em estudantes”, da linha de pesquisa “Organização e Memórias de Espaços Pedagógicos na Educação Profissional e Tecnológica (EPT)”.
Ela é doutora em Ciências Pedagógicas e professora Associada do Departamento de Domínio e Gestão Pedagógica da Universidade Pedagógica Nacional de Poltava. A cientista pesquisa e ministra disciplinas sobre “Pedagogia”, “Educação profissional” e “Gestão”.
O Profept tem como objetivo proporcionar formação em EPT, visando tanto a produção de conhecimentos como o desenvolvimento de produtos, por meio da realização de pesquisas que integrem os saberes inerentes ao mundo do trabalho ao conhecimento sistematizado.
O Programa conta, atualmente, com o curso de Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica em Rede Nacional, ofertado por instituições que compõem a Rede Federal.
No Paraná, a Instituição Associada ao Profept é o IFPR – Campus Curitiba.