Mutirão constrói mandala de plantas medicinais no Assentamento Estrela – Campus Telêmaco Borba

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Mutirão constrói mandala de plantas medicinais no Assentamento Estrela

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No dia 05 de julho foi realizado um mutirão no Assentamento Estrela (Ortigueira – PR) para construção de uma mandala de plantas medicinais na Escola do Campo onde ocorre o curso técnico em Agroecologia do IFPR. Professores, estudantes e moradores do Assentamento participaram da atividade.

A proposta da mandala surgiu na disciplina de Etnobotânica de Plantas Medicinais e foi realizada através de um mutirão no Assentamento Estrela. “A atividade não pode ser adiada para o segundo semestre em virtude do compromisso firmado com a comunidade local e porque as mudas das plantas já estavam passando do tempo de plantio”, explica o professor responsável pela disciplina Ezequiel Antonio de Moura.

A construção da mandala foi um momento de trocas de experiências e de conhecimentos entre todos os envolvidos no mutirão. Cumpriu o propósito de integrar saberes científicos e populares, visto que os estudantes participaram de um curso sobre plantas medicinais anteriormente e realizaram um estudo etnobotânico no Assentamento sobre o conhecimento popular a respeito das plantas medicinais. Além disso, envolve saberes milenares da medicina Chinesa e a Teoria do Relógio Cósmico, pois a mandala foi construída no formato de um relógio onde cada canteiro (“hora do relógio”) possui as plantas recomendadas para tratamento de órgãos específicos do corpo humano.

Os estudantes do curso de Agroecologia já haviam reconhecido o vasto conhecimento local sobre as plantas medicinais através de entrevistas etnobotânicas realizadas no Assentamento. Perceberam também a necessidade de construção da mandala na intenção de conservar/resgatar algumas plantas medicinais e de evitar a erosão destes saberes tradicionais. O local escolhido para construção da mandala foi exatamente onde já houve um horto medicinal coletivo há alguns anos, mas que devido a sobrecarga de atividades das famílias do Assentamento este foi abandonado. Por esse e outros motivos a comunidade local participou ativamente do processo, tanto durante as entrevistas, no preparo da terra e plantio das mudas, e principalmente daqui em diante na manutenção da mandala.

 

 

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