Estudantes do IFPR estão nas semifinais da Olimpíada nacional em História do Brasil – Campus Curitiba

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Estudantes do IFPR estão nas semifinais da Olimpíada nacional em História do Brasil

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Quarenta e oito estudantes do Instituto Federal do Paraná (IFPR) se classificaram para a semifinal da Olimpíada Nacional em História do Brasil.

O evento é organizado pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) desde 2009 e reúne professores e alunos de todas as regiões do Brasil. A participação do IFPR na competição ocorre há vários anos e envolve diversas unidades da instituição. Contudo para a edição de 2021, em iniciativa inédita, os professores e professoras desenvolveram um projeto de orientação coletiva, envolvendo três campus do Instituto Federal do Paraná.

A realização do trabalho de forma coletiva deu outra dimensão e envolvimento aos estudantes e professores. Em tempos de isolamento social e de educação remota, foi possível perceber que a ONHB dinamizou as semanas com muita discussão, leitura e interpretação de fontes históricas e realização de tarefas muito desafiadoras.


O processo de aprendizagem e a relação entre o conhecimento e a vida em sociedade são elementos que deixaram professores e estudantes satisfeitos.


De acordo com a professora Juliana Valentini do Campus Capanema o trabalho em conjunto apresentou resultados satisfatórios:


 “A iniciativa teve como objetivo proporcionar maior intercâmbio entre docentes e discentes, expandindo as fronteiras de cada unidade. Dessa forma a maior interação entre os alunos e os professores de História dos diversos campi do IFPR possibilitou a construção de novos olhares sobre os diferentes sujeitos e processos históricos brasileiros, por meio do estudo com diferentes fontes históricas”.


Além dos resultados interessantes sobre o desempenho dos estudantes e da integração entre diferentes campus, nesta edição foi possível vislumbrar possibilidades para novos projetos. Além de projetos de ensino que já ocorriam nos Campus envolvendo a ONHB, percebemos possibilidades relacionadas à pesquisa e a extensão para outras edições. Dois elementos foram fundamentais nesse processo, em primeiro lugar a participação da professora Andressa Garcia Pinheiro de Oliveira (da rede Municipal de Educação de Curitiba) que já foi finalista da ONHB em 2015 e que teve um papel fundamental no diálogo com as equipes durante as orientações, assim como na realização de um convite ao professor Ricardo Costa de Oliveira (UFPR).

O segundo elemento foi a palestra realizada pelo docente da UFPR que aceitou dar uma verdadeira aula para os olímpicos (mesmo em uma manhã de feriado (03/06/2021). Demonstrando comprometimento com a educação pública, assim como na divulgação de suas pesquisas. Contamos ainda com a contribuição do Professor Doutor Ilzver de Matos Oliveira, do Programa de Pós Graduação em Direitos Humanos da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e da pesquisadora mestre Fernanda Trovão (Grupo de pesquisa ErêYá – UFPR) que abordaram temas relacionados às religiões de matriz africana em diálogos com os estudantes.

Temos aqui nessas interlocuções possibilidades interessantes para pesquisa, divulgação de pesquisas nas redes públicas de educação básica, cooperação com redes municipais e a rede Estadual de Educação, ou seja, há muitas possibilidades a serem exploradas e que relacionem entre ensino, pesquisa e extensão que fazem parte da missão do IFPR. A participação de professores de outras redes instigou os docentes do IFPR a ampliar essas relações para outras edições.

A professora Andressa Garcia em uma postagem nas suas redes sociais destacou a importância dos temas debatidos e dessas interlocuções:


 Na tarefa que nos levou para a semifinal tínhamos o desafio de construir textos, simulando uma exposição, sobre os significados da Independência do Brasil em seu bicentenário, que será comemorado em 2022. Entre as produções, uma se referia ao contexto local, que na ocasião era a 5ª comarca da província de São Paulo. Para isso, contamos com a prestigiosa participação do professor Ricardo Costa de Oliveira, que prontamente aceitou conversar sobre o tema em uma manhã de feriado! Essa reunião contou também com outras professoras e estudantes, do Paraná e Roraima!


Além dos docentes envolvidos podemos destacar que foi entre os estudantes que o dinamismo das reuniões e aprendizados ficou mais destacado. Esperamos que muitas equipes consigam chegar a grande final, mas os próprios estudantes destacam que o processo é o que tem sido mais importante:


Érica Taiara dos Santos, (Curso Técnico em Informática, 17 anos): as discussões que a olimpíada proporciona sempre são muito empolgantes, pois podemos discutir vários assuntos em diferentes pontos de vistas. Além dela trazer muitos fatos históricos que se encaixam na época atual o que faz pensarmos tanto o passado, presente e o futuro. A olimpíada proporciona vários assuntos interessantes para de debater e para se pesquisar mais afundo. Participar da olimpíada é uma experiência que nos agrega e muito com novos conhecimentos além de reforçar conhecimentos pré-existentes. E a cada fase que se passa é uma aventura diferente e mais empolgante que a anterior.


Amanda Cristina Ferraça, (Cooperativismo, 18 anos, Campus Capanema): Participar da olimpíada de história, não foi sobre ganhar medalhas ou chegar a tal fase, mas sim de aprendermos sobre a história, de discutirmos situações que ainda reflete em nossa sociedade atualmente, uma construção histórica social que beneficia uma parte de população. Retomar temas como a independência do Brasil me deu a oportunidade de conhecer figuras nem comentadas nas escolas e que tiveram um importante papel. Eu só posso agradecer pela oportunidade e dizer que estou muito feliz de ter participado dessa edição da olimpíada!


A importância do diálogo, do conhecimento de outras pessoas e ideias e a empolgação ficam destacadas nas ideias dos estudantes. O processo de aprendizagem e a relação entre o conhecimento e a vida em sociedade são elementos que deixaram professores e estudantes bastante satisfeitos. O fato de ser uma competição e o caráter desafiador também foi destacado pelos estudantes:


Eduardo Czekalski, (Curso de informática, 16 anos, Campus Capanema): Está sendo uma incrível experiência, apesar de ser muito intenso, mas me fez bem estar em atividades além das aulas, conhecer sobre a História. O fato de uma equipe do campus ter tido um bom desempenho na ONHB no ano passado me dá mais esperança de que eu também posso. Estou aprendendo bastante com a ONHB e pretendo chegar à final esse ano com minha equipe (kaingang), agradeço a todos os professores que nos ajudaram nessa caminhada, obrigado por tudo.


Gustavo Vinícius Paulino, Jogos Digitais 2, Curitiba: Participar da ONHB está sendo uma experiência incrível. Antes de começar estava receoso por causa do tanto de esforço que seria mas está valendo muito a pena! A melhor parte é discutir sobre cada questão das provas com as outras equipes. Teve fase que ficamos quase 10 horas seguidas discutindo a prova.


A tarefa solicitada pela ONHB na quinta fase foi extremamente trabalhosa, se o estudante Gustavo destacou a quantidade de horas em que se envolveram em uma reunião anterior, acho que perdemos as contas em relação às horas dedicadas as pesquisas, leituras, escritas e revisões da quinta fase.

A Tarefa “Expo-independência” desafiou as equipes a produzirem conteúdos de uma exposição sobre o processo de independência do Brasil, em seus diversos aspectos. Foi uma atividade que exigiu das equipes muita leitura, pesquisa, a escolha e a produção de imagens e a produção de textos para conhecimento do grande público. Esta atividade, visando preparar os olímpicos, se adiantou aos debates que pontuarão o ano de 2022, ano que será comemorado o bicentenário da Independência do Brasil

O ideal de coletividade e cooperação foi destacado pelos docentes desde o início das reuniões. Sabíamos que era uma competição, mas destacamos a importância do processo de aprendizagem como um todo. As fontes pesquisadas eram compartilhadas e debatidas, mas as produções de texto ou tomadas de decisão sobre as alternativas ficavam à cargo de cada equipe. Esse processo também ficou perceptível nos relatos enviados pelos estudantes:


Isadora (Curso, idade, Campus Capanema):  Participar da olimpíada foi uma das melhores experiências da minha vida, pois aprendi muito e tive a oportunidade de pesquisar, aprender e debater sobre temas contemporâneos e que marcaram nossa história. Além disso eu conheci e me aproximei muito de pessoas maravilhosas que me fizeram crescer. Só tenho a agradecer por cada experiência e com certeza participarei das próximas edições! 


Milena Virgínio Bastos – (Eletrônica, 15 anos, Campus Curitiba: A Olimpíada de História foi uma ótima experiência, não apenas quanto ao aprendizado, mas quanto à reflexão de nossa própria história. Além de termos a oportunidade de se aprofundar em assuntos pouco discutidos na vida escolar, conseguimos relacioná-los com nossa vida e cotidiano, aumentando nosso entendimento sobre nossa própria vida e sociedade. Além disso, a troca de conhecimentos e discussões entre as diferentes equipes e professores é extremamente proveitosa, provocando reflexões ainda maiores e nos ensinando a trabalhar em grupo de uma forma que nunca tínhamos visto.


Além dos professores e professoras destacados nessa matéria tivemos contribuições mais pontuais de outros docentes, poderíamos ainda agradecer aos professores Jhonatan Uewerton do Campus Capanema, professor Jaci Poli (Campus Capanema), professor Edílson Chaves do Campus Curitiba, assim como dos monitores Ana Camille Kroin, Daniel Kniss e Bruno Borel estudantes egressos do Campus de Curitiba. O projeto geral  foi coordenado pelas historiadores docentes Andressa Garcia Pinheiro de Oliveira (SMEC Curitiba), Juliana Valentini (IFPR Capanema), Lívia Lara da Cruz (IFPR Astorga), e pelos historiadores docentes Denilson Roberto Schena (IFPR Curitiba), Thiago Augusto Divardim de Oliveira (IFPR Curitiba).


Texto: Organização da Olimpíada Nacional em História do Brasil – IFPR

 

 

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