Diversidade de projetos ressalta pluralidade do IFPR no III Ficiencias
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Os 17 projetos do IFPR que participaram da III Feira de Inovação das Ciências e Engenharias (Ficiencias), que aconteceu em Foz do Iguaçu entre os dias 11 e 14 de novembro, são de seis das sete áreas do conhecimento disponíveis no evento, o que demonstra a pluralidade do ensino, extensão, pesquisa e inovação desenvolvidos no Instituto. As áreas abrangidas pelos trabalhos dos câmpus Curitiba, Ivaiporã, Jacarezinho, Paranaguá e Umuarama foram: Ciências Agrárias; Ciências da Saúde; Ciências Exatas e da Terra; Ciências Humanas; Ciências Sociais Aplicadas e Engenharia.
A abrangência de assuntos é marca também do evento, que conta ainda com estudantes do Paraguai e da Argentina. Para Thamyres Pires Sant’Ana, estudante do Câmpus Paranaguá, esse é um dos motivos que torna o Ficiencias mais interessante: “É legal ver jovens envolvidos em projetos tão legais e mais ainda ter conhecimento de trabalhos de fora do país”.
Ciências Agrárias
Nessa categoria, três trabalhos foram do Câmpus Ivaiporã, coordenados pela Professora Tatiana Colombo Pimentel. Dois deles sagraram-se campeões. “Estou no meu terceiro Ficiencias pelo IFPR e o evento é muito interessante pelo contato com outras áreas, inclusive com trabalhos de outros países. Também é muito importante para os alunos verem, efetivamente, seus trabalhos reconhecidos”, destaca Tatiana.
O “Kefir saborizado com frutas”, das alunas Jaqueline Januário, Daiane Portella e Caroline Januário, levou o primeiro lugar. O projeto era saborizar um leite fermentado com bactérias e leveduras, produto inédito no Brasil.
O terceiro lugar na categoria foi para os alunos Isabela da Silva, João Marcos dos Santos e Bianca da Silva, com o projeto “Queijo Minas Frescal com sabor de frutas”, cujo objetivo era agregar sabor aos queijos para incentivar o consumo desse alimento.
O outro trabalho do Câmpus Ivaiporã era “‘Iogurte’ de soja com sabor de mandioca salsa e berinjela orgânicas”, que produzia leite utilizando produtos orgânicos como berinjela, milho e soja. O projeto teve a autoria dos alunos João Gabriel Messina, Tatiane Marcondes e Karine de Oliveira.
O Câmpus Paranaguá apresentou “O conflito gerado com a criação do Parque Nacional Marinho das Ilhas dos Currais”, das alunas Carolina Santos e Thamyres Sant’Ana, e que foi orientado pelo Professor Allan Krelling. O trabalho analisava o impacto que o Parque dos Currais causa na população local.
“Formulação e avaliação sensorial de cookie empregando subproduto da produção de amido de mandioca”, do Câmpus Umuarama, produziu cookies a partir do bagaço da mandioca, alimento nutritivo, porém rejeitado comercialmente. O projeto foi desenvolvido pelos alunos João Victor Carvalho, Luana Jorge, Ana Eliza da Silva, Tânia de Carvalho, Meire Ferrari e Cláudia Tomasella, sob orientação da Professora Marcela Moreira.
Ciência da Saúde
O Câmpus Curitiba apresentou o trabalho “Construção de fantoma antropomórfico de abdôme: uma ferramenta inovadora e de baixo custo para aprendizagem de parâmetros radiológicos”, das alunas Caroline Kretezel e Juliana Marchini, cuja orientação foi dada pela Professora Michele Mansur. O projeto era construir um modelo anatômico que, quando radiografado, fosse similar a de um paciente de verdade, visando ensinar alunos a como ter qualidade da imagem com pouca radiação, além do aprendizado sobre o controle de qualidade do equipamento.
Ciências Exatas e da Terra
“Produção de etanol a partir de fermento comercial” foi o trabalho apresentado pelo Câmpus Umuarama, de autoria do aluno Felipe Sgobi, sob orientação do Professor Lincoln da Silva. O projeto avaliava a possibilidade das leveduras utilizadas para panificação produzirem álcool. “Essa é minha primeira vez e estou gostando muito do Ficiencias pela diversidade de trabalhos”, ressaltou Felipe.
Ciências Humanas
“Domum: para ler e jogar na escola” garantiu o primeiro lugar na categoria e o segundo geral do III Ficiencias. O trabalho foi desenvolvido pelos alunos do Câmpus Curitiba, Gustavo Souza, Mariana Lech, Sofia Chu, Stephanie Américo, orientados pela Professora Vanessa Ribeiro. O projeto tem por objetivo incentivar a leitura por meio de um jogo digital inspirado nos contos de horror do século XIX.
O terceiro lugar dessa área foi para “Listonly: Ferramenta online para criação de listas de avaliação de acessibilidade em edificações urbanas e pontos turísticos”, dos alunos Guilherme Gorges, Juan Moreira e Yuri Bichibichi, orientados pela Professora Márcia Rodrigues. O projeto era produzir um site acessível que permite ao usuário criar listas de avaliações de acessibilidade em pontos turísticos.
O Câmpus Ivaiporã apresentou “Oratória: aperfeiçoamento da comunicação e sua importância para a formação do estudante atual”, dos alunos Daiane Rodrigues, Natália Martins e Vanieli da Silva, orientados pela Professora Neide Biodere. O projeto foi criado a partir de uma necessidade do câmpus e consistia em oferecer cursos de oratória para melhorar a compreensão e a capacidade de explanação dos alunos.
“Variações espaciais e desigualdades regionais no acesso ao pré-natal no estado do Paraná, Brasil”, do aluno Vinícius Augutis, do Câmpus Jacarezinho, orientado pelo Professor Rivaldo Faria, mapeou onde é preciso melhorar as políticas para gestantes no estado.
Ciências Sociais Aplicadas
O trabalho campeão da feira nessa modalidade foi “Logerino: sistema para gerenciamento de entregas com solução baseada em QR codes para controles de encomendas”, desenvolvido pelos alunos Heron Fonsaca, Matheus Kageyama e Mateus Belizario, e orientado pelo Professor Fábio Albini, do Câmpus Curitiba. O projeto consistia em um sistema de entrega que liga as transportadoras e clientes por meio de QR Code.
O segundo lugar ficou com “Estudo preliminar da cadeia de valor dos produtos da sociobiodiversidade da comunidade de pescadores artesanais de barrancos, município de Pontal do Paraná”, dos alunos do Câmpus Paranaguá, Amanda Albuquerque, Roger Gonçalves e Stephany Rosa, orientados pelo Professor Roberto de Souza, que mapearam os processos produtivos de dois produtos principais na comunidade local.
Também nessa área, “A utilização de ontologias como interface de busca na web” visava uma busca online mais efetiva por meio de uma interface de buscas baseadas em ontologias. O projeto foi desenvolvido no Câmpus Jacarezinho, por Amanda Ambrósio, Giovanna Ambrósio e João Paulo Bianchi, coordenados pela Professora Márcia dos Reis. João Paulo esteve nas três edições do Ficiencias e ressalta o incentivo do IFPR: “Ter esse apoio do câmpus e reitoria para pesquisa é muito importante e com certeza vai fazer diferença no Ensino Superior”.
Engenharia
“Bioconstrução – Fase II” foi desenvolvido pelos alunos Isabela Rocha, João Paulo Bianchi, Matheus Marins e coordenado pelo Professor Hugo Corrêa, do Câmpus Jacarezinho. O projeto foi a continuação de um trabalho já apresentado, agora com desafio de impermeabilizar o tijolo prensado. A saída foi utilizar óleo de motor, descartado comercialmente.
Nessa categoria o Câmpus Ivaiporã apresentou dois trabalhos: “Controle automatizado de uma cadeira de rodas elétrica monitorada pelo movimento da cabeça” e “Filtros passivos paralelos aplicados na redução de correntes harmônicas”. O primeiro, dos alunos Jefferson Queiroz, Bruno Carvalho, Cauê Miranda, Fagner Onesko, Keila Taniguchi e Samuel Pereira, orientados pela Professora Adriana Bomfim, consistiu em desenvolver algumas medidas de segurança para uma cadeira de rodas controlada pela cabeça. O outro, dos alunos Maicon Zucareli e Rafael de Brito, orientado pelo Professor Edson Acordi, previa um filtro para melhorar a qualidade da energia e evitar danos energéticos, principalmente em indústrias. “Esse evento é muito importante para os alunos pela troca de experiência, que agrega muito na formação integral desses estudantes”, finaliza Edson.
Veja as fotos do evento no Facebook do IFPR.
Para saber mais sobre os projetos, entre em contato com o respectivo câmpus.