IFPR Campus Palmas realiza discussão sobre combate ao assédio sexual e moral
Publicado em
Na tarde de hoje, 2, o IFPR Campus Palmas promoveu debate sobre o combate ao assédio sexual e moral no âmbito institucional. O evento, parte do ciclo de Formação Pedagógica, ocorreu no auditório da biblioteca às 13h30min e reuniu profissionais de diferentes áreas para discutir estratégias de enfrentamento e acolhimento das vítimas.
Para compor a mesa de debate contou com a presença de Carliane de Oliveira Carvalho, Procuradora Chefe do Instituto Federal do Paraná; Gabriella Mariano Munhoz Zeneratti, assistente social do Ministério Público do Estado do Paraná; e Mariana Lucht Carneiro Abi, psicóloga da Prefeitura Municipal de Palmas. A atividade foi mediada pelo diretor de Extensão, Pesquisa, Pós-graduação e Inovação do campus, Professor Renato Koch Colomby.
A procuradora Carliane de Oliveira Carvalho ressaltou a dificuldade que muitas vítimas enfrentam para denunciar situações de assédio. “A denúncia do assédio geralmente é muito difícil porque, muitas vezes, a vítima se acha culpada. Então, é importante criar estratégias e um ambiente seguro para que a vítima seja ouvida com acolhimento”, afirmou Carliane, enfatizando a necessidade de um apoio mais humanizado. Ela também publicou o canal oficial de denúncias disponível: falabr.cgu.gov.br.
A psicóloga Mariana Lucht Carneiro Abi destacou a importância de um diálogo aberto sobre violências cotidianas e a necessidade de ação coletiva. “Todos nós somos passíveis de praticar atos violentos, então precisamos falar mais sobre as violências para conhecê-las melhor e combatê-las. Precisamos entender como atuantes, e não apenas como espectadores. Ou a gente envelhece sobre a estrutura dos problemas ou envelhece com eles”, pontuou Mariana. Ela também reforçou a exclusão de “piadinhas e comentários ofensivos, principalmente em um ambiente com posições, como entre professor e aluno”.
A assistente social Gabriella Mariano destacou a importância da criação de espaços institucionais para acolher pessoas que se sintam violadas. “Precisamos criar espaços institucionais para promover o acolhimento de pessoas que se sintam violadas. É importante ressaltar que as instituições de ensino não estão isoladas da sociedade, pelo contrário, são importantes espaços de socialização, então elas também estão submetidas aos problemas enfrentados socialmente”, ressaltou.
Compromisso institucional
A Diretora-Geral do Campus, Graciela Cabreira Gehlen, também marcou presença no evento, reiterando o compromisso do IFPR Campus Palmas com o enfrentamento de casos de assédio. “A formação de nossos servidores e estudantes é essencial para criarmos uma cultura de respeito e acolhimento. Precisamos ser agentes de mudança e garantir que todos se sintam protegidos no ambiente institucional”, afirmou Graciela.