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Aluna do curso técnico em Informática do IFPR – Campus Paranaguá recebe menção honrosa no CSBC

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A aluna do curso técnico em Informática do Instituto Federal do Paraná (IFPR), campus Paranaguá, Ana Paula Marques Barbosa,
desenvolveu um projeto para auxiliar estudantes surdos que encontram dificuldades durante a disciplina de programação. A ideia ganhou o
nome de Visual Programmer e foi apresentada, na semana passada, no Congresso da Sociedade Brasileira de Computação (CSBC),
realizado no Centro de Convenções da Amazônia, em Belém (PA).

Dos 11 participantes, o evento premiou com um certificado de menção honrosa os dois melhores projetos e o de criação da aluna do IFPR
estava entre eles. “Receber o prêmio foi surpreendente, eu não pude estar lá no momento por causa do meu avião que foi no mesmo
horário, mas quando fiquei sabendo eu não acreditei, pois tinha gente do Brasil inteiro com projetos muito bons”, contou Ana Paula.
A motivação surgiu ao observar, ao longo do ano, as dificuldades de aprendizado encontradas pelos colegas de classe. “Notei que era
possível utilizar o conhecimento adquirido para criar uma ferramenta didática capaz de dar suporte ao processo de aprendizado dos alunos
surdos na disciplina introdutória de desenvolvimento de software”, afirmou a estudante.

FUNCIONAMENTO
A estudante relatou que todas as quartas-feiras se encontrava com seu professor orientador, Gil Eduardo de Andrade, para desenvolver e
aplicar a ideia.

“O objetivo foi desenvolver um software didático em que estudantes da área de informática pudessem programar utilizando símbolos. Por conta da linguagem de programação conter conceitos complexos e abstratos, com uma escrita puramente em inglês, muitos não entendiam como funcionava ou, até mesmo, o enunciado das questões. Normalmente, eles têm dificuldade até mesmo no português por não ser a
sua língua materna”, disse Ana Paula.

O Visual Programmer interpreta os símbolos escolhidos e os converte em código escrito. Segundo ela, o software tem sido desenvolvido desde março do ano passado e, neste ano, começou a ser aplicado em sala de aula. “Percebi que estava no caminho certo quando estudantes com alguma necessidade especial, mais especificamente alunos surdos, utilizaram o software e entenderam melhor a disciplina de programação”, afirmou Ana Paula.

Os três alunos surdos que hoje são beneficiados com a ferramenta ficam em uma sala separada durante a disciplina de programação. “Um
deles é calouro e os outros dois já tinham repetido nessa matéria. Eles aprovaram, assim como as intérpretes, que sentem que entendem
melhor a programação com o software”, ressaltou a estudante.

Agora, Ana Paula pretende trabalhar para transformar o programa em uma aplicação para web, desta forma os usuários não precisam
baixar para utilizar, facilitando e ampliando o uso.

 

Fonte: Folha do Litoral