Napne/IFPR Foz promove evento com estudantes autistas, familiares
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Na terça-feira (18), o IFPR – Campus Foz do Iguaçu, por meio do Núcleo de Atendimento para Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE), promoveu a “Roda de Conversa com Estudantes Autistas e Familiares”. O evento foi marcado por relatos de experiências e bate-papo sobre os desafios e conquistas das pessoas com autismo na sociedade.
Além de estudantes do Campus e familiares, a atividade contou com a presença de diversos convidados externos, com destaque para as representantes da Associação Solidária às Pessoas Autistas (Aspas/Foz do Iguaçu), que falaram sobre questões jurídicas e terapêuticas ligadas ao TEA.
“Foi muito bom fazer parte deste evento. Como mãe de criança autista, gostei muito da oportunidade de ter escutado diferentes perspectivas em torno do TEA. Como profissional, fiquei feliz por contribuir com meus conhecimentos acerca dos direitos das pessoas com autismo, alertando sobre as leis que amparam pessoas no espectro e seus familiares. Quero voltar para falar mais sobre isso.”, ressaltou a advogada Aline Milanez, especialista em causas autistas e voluntária na Aspas.
Outra presença marcante foi a da neuropsicopedagoga, especialista em Autismo, Samia Omairi, que vem realizando palestras para os estudantes dos cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio, esclarecendo dúvidas e conscientizando a comunidade escolar. Na roda de conversa, Samia falou sobre a importância de se unir esforços para informar a sociedade em torno do tema. “A maior dificuldade de ser autista não é o autismo em si, mas a forma como as pessoas reagem a ele”, destacou.
Autismo no Campus
Estudos revelam que o número de estudantes com autismo vem crescendo a cada ano nas escolas de todo o país. Somente no Instituto Federal do Paraná (IFPR) – Campus Foz do Iguaçu, o aumento de alunas e alunos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) quintuplicou em três anos.
Segundo explica o coordenador do NAPNE, Matheus Amparo, que também é professor de Educação Especial do Campus e responsável pelo Atendimento Educacional Especializado dos estudantes com TEA, “é importante realizar ações que possam conscientizar toda a comunidade escolar sobre o que é o autismo, as principais características e como lidar para que possamos evitar o preconceito, a discriminaçao e criar uma cultura inclusiva que respeite e valorize as diferenças”..