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“Sempre que possível eu vou a eventos. Eles são de uma importância enorme pra mim, pois foi neles que eu notei alguns detalhes que eu não via estando dentro do projeto. Também foi nos eventos que eu consegui crescer pessoalmente e academicamente, melhorando minha forma de me apresentar e de me expressar, chegando ao ponto que estou agora”, afirma Carolina Hikari, discente do Campus Jacarezinho. Ela está participando da 6ª Febrat, em Belo Horizonte (MG), com o projeto “Aplicação de um jogo virtual de card game na aprendizagem da língua inglesa”, que pretende ajudar no estudo do idioma e também instigar as pessoas a conhecerem outras culturas.
Amanda Pereira, que estava na Feira apresentando o trabalho “Sistema de mapeamento de animais peçonhentos e pragas urbanas por meio de plataforma web”, corrobora a ideia da colega de campus: “é muito bom estar em eventos, aprendemos com outros projetos e percebemos até coisas que podemos implementar. É diferente de estar em sala de aula, que a gente aprende só observando. Aqui, na verdade, é uma troca”.
O discente Rodrigo Diniz, do Campus Ivaiporã, participa pela primeira vez de um evento externo, com seu projeto “Manejo de lagartas na produção vegetal utilizando homeopatia”. Nervoso na chegada, ele achou que o evento seria menor, mas agora está animado com a interação entre Ensino Fundamental, Médio e Superior.
Sua professora, a docente Ellen Diniz, também destaca a integração entre os diferentes níveis de escolaridade. “A participação em eventos é fundamental porque estimula os alunos a valorizar a ciência e valorizar o estudo. Particularmente, estou maravilhada com o evento vendo tantas crianças do Ensino Fundamental interessadas nos projetos, isso me enche de ideias para fazer algo até semelhante, nos aproximando das escolas na nossa região dentro de um contexto local”.
A interação com outras instituições e conhecimentos ajuda na melhoria dos projetos. Damarys de Souza, autora do projeto “Iogurte grego adicionado de substitutos de gordura prebióticos: processamento tecnológico de baixo custo e aplicável a laticínios de pequeno porte”, do Campus Paranavaí, já entrou na Feira com outro olhar: “logo que cheguei vi um assunto que não conhecia, me programei para ir mais tarde conversar com a apresentadora. Estamos aqui também para adquirir mais conhecimento”. Já o discente do Campus Jacarezinho, autor do projeto “Sistema de gerenciamento de trabalhadores autônomos”, Magdo José de Oliveira Filho, conta com o retorno dos ouvintes de sua apresentação para melhorar seu trabalho antes da apresentação de sua banca final, daqui a um mês.
Este ano, o tema do evento é o mesmo da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2018: “Ciência para a Redução das Desigualdades”.
Na abertura da Feira aconteceu uma palestra sobre a presença das mulheres na Ciência. Para Graziele Alves, do projeto “Sistema para busca e localização de costureiras”, do Campus Jacarezinho, é de extrema importância tratar desse assunto: “A costura, por exemplo, não era vista como profissão, mas como mais uma atividade doméstica. As mulheres precisam mostrar que podem ser como quiserem, além de serem reconhecidas profissionalmente”, destaca.
Othávio Lourenço, do Campus Jacarezinho, comenta o tema do evento sobre outro viés. “Uma das pesquisas que embasou o desenvolvimento do projeto foi da Unesco, que faz uma previsão de que até 2050 a população atingirá cerca de 10 bilhões de pessoas no mundo e, com essa estimativa, 70% vai ter dificuldade de acesso à água. Disto, 1,6 bilhão de habitantes não vão ter esse recurso para alimentação básica, agravando ainda mais as desigualdades. Nesse sentido, buscamos trazer um sistema que dê consciência ao usuário do seu consumo de água e que influencie no consumo, tentando evitar chegar a esse cenário que a Unesco previu”, finaliza. O discente é autor do projeto “CodWater: sistema de automação hidráulica”, um sistema de automação hidráulica, que pretende dar ciência aos usuários do consumo hidráulico dentro da propriedade.